sábado, 28 de fevereiro de 2015

13 Fantasmas (13 Ghosts, 1960)


Produzido e dirigido por William Castle (1914 / 1977), o mesmo responsável por outras preciosidades como “A Casa dos Maus Espíritos” e “Força Diabólica”, ambos do final dos anos 50 e com o ícone Vincent Price, “13 Fantasmas” tem fotografia em preto e branco e recebeu uma refilmagem sangrenta em 2001, com produção da “Dark Castle”.
Na história, o professor de paleontologia, Cyrus Zorba (Donald Woods) está falido quando recebe a notícia que seu tio ocultista e recluso morreu, deixando como herança uma imensa e tétrica mansão. O advogado do falecido, Benjamen Rush (Maltin Milner, da série de TV “Rota 66”), está tratando dos documentos e informa que a casa é assombrada por fantasmas. Mas, o herdeiro ignora e se muda com a família, a esposa Hilda (Rosemary De Camp) e os filhos, a jovem Medea (Jo Morrow) e o pequeno Buck (Charles Herbert, que esteve em outros filmes bagaceiros do período como “A Mosca da Cabeça Branca”). Uma vez na casa, eles encontram uma sinistra governanta médium, Elaine Zacharides (Margaret Hamilton), e são testemunhas de objetos que se movem sozinhos e aparições de fantasmas que só podem ser visualizados através de óculos especial criado pelo falecido tio, que estudava as ciências ocultas e o mundo sobrenatural.
Filme bastante ingênuo quando comparado aos tempos modernos, com produções recheadas de CGI e histórias barulhentas com sangue em profusão. Pois em “13 Fantasmas” temos apenas um roteiro sem sangue e violência, com uma mansão assombrada por fantasmas e uma nova família de moradores que enfrenta a ameaça, além de uma trama paralela envolvendo uma grande quantidade em dinheiro misteriosamente escondido e despertando cobiça. Serviu muito bem para assustar as plateias da época, com as habituais jogadas de marketing providas por William Castle, e atualmente serve como diversão pela ingenuidade involuntária e para quem aprecia as características gerais de filmes bagaceiros de baixo orçamento.
Curiosamente, temos uma tradicional sessão espírita e uma brincadeira com o famoso tabuleiro ouija, na tentativa de comunicação com os mortos. E os efeitos que apresentavam os fantasmas eram conhecidos pela técnica “Illusion-O”, com os espectadores recebendo nos cinemas óculos apropriado para a visualização. Numa versão mais completa do filme, o próprio diretor e produtor William Castle explica como funciona o processo através de um prólogo e epílogo.
(Juvenatrix - 24/12/14)

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