segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A Queda da Terra (Earth Fall, EUA, 2015)


Dirigido por Steven Daniels e escrito por Colin Reese, em seus primeiros trabalhos, “A Queda da Terra” é mais um daqueles filmes sobre catástrofes naturais exibidos pelo canal de TV a cabo “SyFy”. Representando o moderno cinema fantástico bagaceiro do início do século XXI e produzido pela “Cinetel Films”, estúdio responsável por uma infinidade de outras tranqueiras similares, o filme traz os esperados elementos que devem relegar sua existência inevitavelmente ao limbo, ou seja, um elenco inexpressivo num roteiro óbvio, previsível e cheio de clichês, além de efeitos de CGI vagabundos.
Um corpo celeste imenso em alta velocidade passa próximo da Terra criando um magnetismo intergaláctico que ocasiona a inclinação do eixo do planeta em noventa graus. Outro efeito desse evento foi que a Terra passou a ser atraída por ele, se afastando do Sol. E uma vez vagando sem rumo pelo espaço, nosso planeta ficou no caminho de uma chuva de meteoros, numa provável rota de colisão. Para completar o cenário apocalíptico, ainda temos a ocorrência devastadora de tempestades de fogo e gelo, arrasando as cidades e dizimando milhões de pessoas.
Em meio ao caos, uma típica família americana tenta se reagrupar. Uma vez que o pai, o escritor Steven Lannon (Joe Lando), a mãe, uma cientista trabalhando para o governo, Nancy (Michelle Stafford), e a filha adolescente Rachel (Denyse Tontz), que estava num evento de música numa cidade do interior, estão todos separados quando se inicia a tragédia com a Terra saindo de seu eixo. Paralelamente, o governo dos Estados Unidos, o país que sempre salva o mundo, tenta encontrar uma solução para o problema, com o objetivo de recolocar o planeta na posição original e impedir a extinção da humanidade.
“A Queda da Terra” apenas colabora ainda mais com a “queda da qualidade” desses filmes de catástrofes com elementos de ficção científica que são produzidos em grande quantidade nos Estados Unidos e exibidos na televisão pela “SyFy”. Tudo é muito previsível na história, não fugindo do trivial. Algo ameaça destruir o planeta (nesse caso, um corpo celeste que tirou a Terra de seu eixo). Algo passa a ser o foco das atenções para justificar os 90 minutos de projeção (uma família separada tentando se unir novamente no meio da destruição global). E algo surge como uma tentativa desesperada de salvação para o fim iminente (o governo tenta colocar em prática um plano para reverter o processo de desestabilização do planeta, envolvendo armamento nuclear e uma colossal reserva de gás natural).
Se o espectador desligar o cérebro, e estiver disposto a ver uma história de catástrofe natural repleta dos mesmos velhos clichês, talvez até consiga alguma diversão discreta. Caso contrário, provavelmente o tédio virá à tona. 
(Juvenatrix – 24/08/15)

Um comentário:

  1. Filme muito ruim, com coisas tão forçadas que ultrapassam o limite do ridículo. Fora as interpretações, epicamente horríveis.

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