terça-feira, 8 de setembro de 2015

Rosas de Sangue (Blood and Roses, Itália / França, 1960)


Produção europeia dirigida pelo francês Roger Vadim (1928 / 2000), de “Barbarella” (1968), com roteiro baseado na história “Carmilla”, do irlandês Sheridan Le Fanu (1814 / 1873), que serviu de inspiração para Bram Stoker escrever “Drácula”. A cópia que tive acesso é dublada e gravada de uma exibição na TV Globo, na saudosa sessão “Coruja Colorida” do tempo em que passavam na televisão filmes interessantes e antigos do cinema fantástico, perdidos no meio das madrugadas.
“De Paris a Roma em 90 minutos. Há 500 anos a mesma viagem levaria quase 2 meses. Eu sei porque eu fiz a viagem. Meu nome é Millarca. Eu vivi no passado, eu vivo agora. Nessa época do jato e do foguete é difícil acreditar em coisas espirituais. Este é o novo mundo. O mundo do espírito é o velho mundo. Velho sim, mas ainda verdadeiro. Lá embaixo, entre as colinas sombrias da Itália, está o Castelo da família Karnstein. Entrem comigo, vou lhes contar a história da minha vida recente.”
Com essa introdução tem início “Rosas de Sangue”, uma história de vampirismo ambientada na Itália de 1960, mas com toda aquela atmosfera gótica de séculos atrás. A família Karnstein ainda é bastante temida na região pelos camponeses por causa das lendas antigas que falavam que seus ancestrais eram vampiros que bebiam sangue humano. Apesar de que eles foram destruídos em 1765 com estacas de madeira cravadas em seus corações e com seus corpos quiemados. Seus túmulos localizados numa velha abadia próximo ao castelo da família, estão vazios há séculos e a maldição não existe mais. Será?
O Conde Leopoldo De Karnstein (Mel Ferrer) está planejando seu casamento com a bela Georgia Monteverdi (a deslumbrante italiana Elsa Martinelli), para a tristeza de sua prima Carmilla (a não menos lindíssima dinamarquesa Annette Vadim, casada na época com o diretor), que desde pequena nutre uma paixão platônica pelo primo. Uma vez deprimida e fragilizada, ela sente-se misteriosamente atraída por uma voz feminina e vai até a abadia onde está a sepultura gelada de sua ancestral. O espírito da vampira se apossa de seu corpo e passa a aterrorizar o castelo em busca de sangue, além de tentar recuperar o amor do Conde De Karnstein, que acredita ser a reencarnação de seu antigo noivo Ludwig.
Rosas de Sangue” tem o título original francês “Et Mourir de Plaisir” e também é conhecido como “To Die With Pleasure”. É um filme de horror sutil, curto com apenas 74 minutos (na versão americana), sendo uma das várias adaptações que a história de Sheridan Le Fanu recebeu no cinema. Ainda tivemos “O Túmulo do Horror” (Crypt of the Vampire, 1964), com Christopher Lee, e “Carmilla, A Vampira de Karnstein” / “Os Vampiros Amantes” (The Vampire Lovers, 1970), uma produção inglesa da “Hammer” com Peter Cushing e Ingrid Pitt.
Entre os destaques, vale citar a perturbadora sequência com o pesadelo de Georgia, filmado em preto e branco. Ela que, uma vez confusa com o casamento com o Conde e a amizade enigmática com Carmilla, tornou-se vulnerável para o espírito da vampira ancestral e seus planos de se manter viva no mundo moderno. 
(Juvenatrix – 07/09/15)

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