terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Mulheres Pré-Históricas (Slave Girls / Prehistoric Women, Inglaterra, 1967)


O estúdio inglês “Hammer” tem uma importância extremamente significativa na história do cinema fantástico, principalmente com seus filmes de atmosfera gótica, uma marca registrada que tornou a produtora tão cultuada. Porém, vários outros temas também foram abordados, como o sub-gênero de civilizações perdidas no tempo, com histórias classificadas como aventura com elementos de fantasia. É o caso de “Mulheres Pré-Históricas”, filme de 1967 dirigido, escrito e produzido por Michael Carreras, e com um elenco enorme formado especialmente por belas mulheres vestidas com poucas roupas.
David (Michael Latimer) é um guia de expedições de caça de animais selvagens, que encontra no meio da selva uma misteriosa tribo de nativos que querem matá-lo em nome de seu deus, uma imagem de um rinoceronte branco. Porém, em meio ao ritual de sacrifício, ocorre um evento onde ele é transportado para o passado encontrando uma civilização formada por mulheres de cabelos morenos e “pré-históricas” (do título original adotado nos Estados Unidos). Elas são lideradas pela rainha tirana Kari (Martine Beswick), que mantém as mulheres de cabelos loiros como serviçais “escravas” (do título original na Inglaterra). Os poucos homens são também escravizados e mantidos presos numa caverna. O jovem inglês recém chegado se apaixona por uma das mulheres loiras, Saria (a húngara Edina Ronay), e juntos eles tentam organizar uma revolta contra a tirania da rainha morena, libertando as loiras da escravidão e impedindo os constantes sacrifícios oferecidos para uma tribo violenta de homens negros que mantém a paz num acordo que exige as mulheres em troca.
Ao contrário de alguns dos outros filmes da “Hammer” com temática de civilizações perdidas, nesse não há dinossauros ameaçadores caminhando pela Terra. Porém, encontramos clichês tradicionais com o roteiro apresentando uma rainha que governa sua tribo com tirania, despertando a fúria dos escravos, que desejam a liberdade. E como herói opositor, surge um homem vindo do futuro que desperta um interesse amoroso na rainha, mas que se apaixona por uma das escravas, se engajando numa luta para se livrarem da opressão. A história é simples demais e repleta de danças e cantorias entediantes, num inevitável convite ao sono. Por outro lado, o que realmente consegue manter a atenção do espectador é o desfile de belíssimas mulheres, tanto morenas quanto loiras, em trajes sumários, garantindo a diversão, juntamente com os elementos fantásticos como a viagem no tempo do protagonista, visitando e interferindo nas ações de um mundo do passado.   
Curiosamente, “Mulheres Pré-Históricas” foi filmado em apenas quatro semanas, utilizando os mesmos cenários e vestuários reaproveitados do filme anterior “Mil Séculos Antes de Cristo” (1966), de Don Chaffey e com a belíssima Rachel Welch no elenco. 
(Juvenatrix – 09/02/16)

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