sábado, 23 de setembro de 2017

Narco Satanico (México, 1968)


“Sonhar com uma mulher vestida de noiva significa morte, mas se o noivo é Satã, a morte é provocada por forças do além.”
Narco Satanico” é uma produção obscura mexicana de 1968 dirigida por Rafael Portillo, que traz uma história que mistura elementos de magia negra e satanismo com crimes passionais e zumbis vingativos.
Vicki (Ana Luisa Peluffo) é uma dançarina apaixonada pelo arquiteto Ricardo Santamaria (Gonzalo Aiza, creditado como Carluis Saval), um homem rico e bem sucedido que é casado com Barbara (Barbara Wells). Para conseguir a atenção dele, a inescrupulosa Vicki apela para os serviços de magia negra de uma bruxa (Norma Somarriba) e num ritual de satanismo ela faz um pacto com o demônio, oferecendo seu corpo e alma em troca de juventude, beleza e poder sobre os homens.
Ela consegue seus objetivos usando forças sobrenaturais para prejudicar Barbara e seus familiares. Porém, depois que Vicki mata violentamente seu amante Ricardo depois de receber uma orientação em sua mente do próprio diabo, ela passa a sentir na pele a fúria vingativa do morto, cujo espírito se apossa do corpo de seu irmão Carlos (também interpretado pelo mesmo ator).
O filme é uma tranqueira extremamente ruim que somente diverte um pouco os fãs de cinema bagaceiro de horror por causa das várias cenas de pesadelos de Carlos sendo atormentado num cemitério tosco, entre túmulos sinistros e criaturas bizarras. Os efeitos de maquiagem são tão precários que passam a ser inevitavelmente risíveis. Além da utilização artificial e forçada de gargalhadas tétricas e uivos de lobo retirados de algum efeito sonoro padrão. Tem também o zumbi Ricardo saindo apodrecido de sua cova e retornando para o mundo dos vivos, arrancando literalmente as tripas de quem cruzasse seu caminho, à procura de vingança e para cumprir uma promessa macabra que fez para sua esposa.
A história é uma salada indigesta com tantos elementos de horror misturados que o resultado final virou uma bagunça com a tendência de desviar a atenção do espectador. Os vários cortes bruscos de edição e uma parte irritante da trilha sonora contribuem ainda mais para afastar o interesse, exceto apenas pelas mortes sangrentas e a atmosfera fantasmagórica dos devaneios e cenas oníricas.
(Juvenatrix – 22/09/17)

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